Como seria se sentir um fugitivo, o dia todo vigiado e quando você dorme ainda tem que encarar pesadelos de afogamento ou prisão? Pense num cenário de fome, dor e frio, à sombra da morte, rondando… Imagine sua família chorando, com o olhar triste e perdido em meio a desesperança…
A única chance de sobrevivência depende do ânimo para correr o risco de exposição direta ao perigo da travessia ilegal da fronteira migratória. Não agir é antecipar o fim anunciado. Agir implica humilhação imputada pelo limite territorial e preconceito.
Quanto instinto de vida pulsa a favor destes desfavorecidos! Lutam solitariamente para “renascer” na dignidade e integridade violados. Como condenar pessoas em busca de alívio para dores físicas abusivas e profunda anemia de alma?
O que é ser Refugiado?
Civilidade existe em quem é capaz de acolher a fragilidade escancarada na vulnerabilidade, encorajando gente descrente a voltar a acreditar em si e na humanidade, compreendendo que ser refugiado é;
- Gastar o tempo presente em busca de uma saída que devolva o direito de desejar o futuro;
- Contar com o destino, proteção ou sorte na tentativa de existir como ser humano;
- Buscar refúgio na fé e confiança em dias de amparo;
- Acreditar na força para transpor limites injustos e desiguais;
- Um ato de amor por mais vida!
Precisamos nos incomodar com esta realidade mundial crescente que reverbera o grito de inocentes e agir para conter e reverter esta situação.