Ser um pouco para cada um, exatamente como a sociedade espera. Seres atentos à urgência de agradar. Versões editadas para despistar o esboço original. A obra-prima escondida na diplomacia desmedida na sede de corresponder a protocolos da busca de inclusão.
Protótipos de personalidades corrompidas para corresponder ao esperado pela família, pelos amigos, pelos líderes no trabalho, pela sociedade e quando olhamos no espelho indagamos; “quem sou eu”? Diante da exigência de atender o desejo do outro, nos perdemos do que realmente deveria ser prioridade: nossa autenticidade.
Há uma infinidade de meios para evoluirmos do ponto de vista humano. Como seria maravilhoso se celebrássemos com alegria nosso modo de ser! Se respeitássemos as diferenças de forma cordial. Aprendêssemos com nossos fracassos e com os dos outros. Se tivéssemos prazer em transmitir nossos conhecimentos sem medo de sermos usados e descartados.
Se pudéssemos ser quem somos, sem culpa e nem desculpa. Se perdoássemos nossas limitações e a dos outros, aceitando integralmente o estágio de nossa maturidade, nos humanizando e resgatando a consciência de que somos falíveis. Conscientes, podemos viver a beleza e a dor de sermos quem somos.
Quanto mais honestos, mais convincentes seremos. Como seria uma vida simplesmente humana e real?
